O som do motor sempre foi uma das características mais marcantes dos carros esportivos e até mesmo dos modelos de passeio mais envolventes. Agora, com a chegada dos carros elétricos, que são bem mais silenciosos, muita gente se pergunta: por que o som ainda é tão importante na experiência de dirigir?

Em primeiro lugar, o som do motor está profundamente ligado às emoções. Ele traz memórias, reforça sensações e oferece um tipo de resposta que vai além da parte técnica. Portanto, mesmo com toda a modernidade dos carros de hoje, o ronco do motor ainda tem seu valor, seja nas pistas ou nas ruas.
A importância emocional do som do motor
O som do motor gera uma conexão quase instintiva entre o motorista e o carro. Um V8 pulsando alto ou um turbo assobiando despertam adrenalina, empolgação e prazer de ouvir. Ou seja, o som não é só um barulho, ele transmite potência, estilo e personalidade.
Além disso, o som funciona como uma linguagem entre o carro e o motorista. Cada aceleração, troca de marcha ou redução mostra como o motor está se comportando. Isso ajuda a dirigir com mais confiança e controle.
Som do motor e identidade das marcas
Por outro lado, o som do motor se tornou uma assinatura de várias montadoras. A Ferrari, por exemplo, é reconhecida mundialmente pelo ronco agudo de seus V12. A Harley-Davidson chegou a patentear o som de seus escapamentos. Da mesma forma, marcas como Porsche, BMW e Audi investem pesado para manter uma identidade sonora exclusiva.
Consequentemente, o som do motor vira parte do valor da marca. É como uma trilha sonora única que os fãs reconhecem mesmo de olhos fechados. Mais do que isso, reforça a ligação emocional com o carro.
A experiência sensorial na direção
O som do motor também faz diferença na experiência de dirigir. Em carros esportivos, por exemplo, ele é parte fundamental da emoção. Sem esse som, a condução pode parecer artificial ou sem graça.
Por exemplo, modelos como o Ford Mustang Mach-E GT, que é um carro elétrico, simula o som de um motor a combustão para criar uma sensação mais emocionante ao dirigir. Ou seja, mesmo sem o barulho real do motor, as marcas entendem que esse tipo de sensação ainda é importante para a experiência.

Durante a aceleração, um som bem ajustado faz a sensação de velocidade e desempenho parecer ainda maior. Isso deixa o motorista mais envolvido e com a sensação de controle e confiança ao dirigir.
Carros elétricos e a ausência do som natural
No entanto, com a chegada dos carros elétricos, surgiu um desafio: eles são muito silenciosos. Motores elétricos são silenciosos por natureza. Como resultado, muitos motoristas sentem falta daquele rugido clássico ao pisar no acelerador.

Mas, por outro lado, essa mudança também abriu espaço para soluções criativas. Marcas como BMW, Hyundai e Dodge começam a criar sons artificiais para os motores, usando alto-falantes dentro e fora do carro. A ideia é trazer de volta a emoção do som do motor, de um jeito seguro e até personalizável.
Em conclusão, o silêncio pode ser um conforto para alguns, mas o som do motor continua sendo fundamental para quem quer emoção ao dirigir.
Segurança e som: mais do que estética
O som do motor também é importante para a segurança. Nas cidades, pedestres e ciclistas costumam perceber a presença dos carros pelo barulho. Nos carros elétricos, a falta desse som pode ser até perigosa.
Por isso, em vários países, já existem regras que obrigam os carros elétricos a fazerem sons artificiais em baixa velocidade. Ou seja, o som continua importante, mesmo que de um jeito diferente.
Além disso, o feedback sonoro ajuda a perceber quando algo não está certo. Um barulho estranho pode indicar problemas no motor, freios ou suspensão. Dessa forma, o som ajuda a cuidar melhor do carro.
Simuladores e áudio digital: a nova fronteira
A digitalização da indústria automotiva também chegou aos sons do motor. Simuladores de corrida, como os utilizados em eSports ou por pilotos profissionais, recriam com muita precisão o barulho de cada carro. Isso mostra como o som é indispensável, mesmo quando não estamos dirigindo de verdade.
Além disso, empresas como a Harman Kardon e a Bose começaram a criar sistemas de som especialmente para carros. Eles combinam conforto com uma experiência sonora que traz emoção na hora de dirigir.
Por exemplo, o Porsche Taycan permite que você personalize o som do carro. Já o Dodge Charger Daytona SRT, que é elétrico, usa um sistema chamado Fratzonic Chambered Exhaust para criar um som parecido com o de um motor V8 potente.

Por que o som do motor ainda importa?
Certamente, o som do motor continua essencial por três motivos principais: ele traz emoção e prazer ao dirigir, reforça a identidade e o estilo da marca, e ainda funciona como uma forma de comunicação tanto com o motorista quanto com o ambiente ao redor.
Mesmo com a eletrificação e a chegada de carros silenciosos, o som do motor não foi deixado de lado. Pelo contrário, ele está sendo reinventado para continuar fazendo parte da experiência de dirigir.
Da mesma forma, o avanço da tecnologia permite que os sons sejam personalizados. Ou seja, o motorista pode escolher entre uma experiência tranquila ou uma condução esportiva com som agressivo, tudo ao toque de um botão.
Conclusão
O som do motor vai muito além da nostalgia. Ele é uma parte fundamental de como sentimos, interpretamos e aproveitamos a experiência de dirigir. Esse som pode ser real, simulado ou até reinventado pela tecnologia, mas continua presente, conectando o motorista ao carro e ao ambiente. Além de despertar emoções e ajudar a definir a personalidade de cada veículo, o som também desempenha um papel importante na segurança, alertando pedestres e ciclistas.
Portanto, mesmo com a chegada dos carros elétricos e autônomos, o som do motor seguirá sendo um elemento essencial, capaz de transformar a direção em algo mais envolvente, único e seguro.
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